Função atencional

1 INTRODUÇÃO

Este estudo tem origem em nossa experiência, principalmente profissional, com pessoas com problemas neurológicos ou genéticos a chamada deficiência mental (transtornos mentais) cuja classificação segundo a Organização Mundial de Saúde (ONU) é o CID 10. É a parada do desenvolvimento ou desenvolvimento incompleto do funcionamento intelectual, caracterizado essencialmente por um comprometimento, durante o período de desenvolvimento, das faculdades que determinam o nível global de inteligência, isto é, das funções cognitivas, de linguagem, da motricidade e do comportamento social. O retardo mental pode acompanhar um outro transtorno mental ou físico, ou ocorrer de modo independentemente.

Assim é que, nos deparamos, em nosso dia-a-dia com a crueza de uma dura realidade no que tange ao atendimento de um modo em geral ao deficiente mental, mesmo com os avanços, tecnológicos e científicos que nos permitem, não só descobrir, como também e principalmente dar novos significados, ou seja, novos diagnósticos e, a partir daí tratamentos diferenciados para cada patologia. Estes avanços, que indubitavelmente são fornecidos pela modernidade, desconstituem a existência do deficiente mental, como sujeito, tornando-o, assim anônimo, em favor sempre de uma busca incansável da cura para o problema orgânico. Entretanto, mesmo, assim, o que se vê são as Instituições, e os profissionais da área de saúde, bem como os familiares, mostrarem, ainda, nos dias de hoje o despreparo para lidar com o deficiente mental. Os pais ao tomarem conhecimento do diagnóstico de uma doença crônica, ficam igualmente estupefatos, angustiados, poucos disponíveis para gravar uma informação e aprender a lidar com o seu filho.

Sofrem uma ferida narcísica , renunciando ao bebê real, e normalmente se sentem culpados, buscando com isso, de forma incansável por uma cura eficaz para o problema que consideram ser apenas orgânico, assim esse filho se torna