Fungos
Programa de Pós Graduação em
Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente
Curso de Capacitação de monitores e educadores
FUNGOS
PRINCIPAIS GRUPOS E APLICAÇÕES BIOTECNOLÓGICAS
Ricardo Ribeiro da Silva & Glauciane Danuza Coelho
São Paulo, outubro de 2006
FUNGOS
Principais grupos e aplicações biotecnológicas
Ricardo Ribeiro da Silva
Glauciane Danuza Coelho
Doutorandos na Seção de Micologia e Liquenologia – Instituto de Botânica
Macrolepiota dolichaula
Foto: João Paulo Duarte
Introdução
Os fungos são conhecidos popularmente como mofos e bolores. No entanto, na maior parte das vezes, são lembrados somente pelos danos que algumas espécies causam, seja parasitando plantas ou causando problemas de saúde como alergias e micoses em animais. Podem promover a deterioração de combustível e grande variedade de materiais, como equipamentos ópticos e outros materiais de grande valor como obras de arte e arquitetônicas.
No entanto, os benefícios proporcionados pelos fungos não são tão divulgados quanto os prejuízos.
Todos os dias as pessoas são beneficiadas por produtos originados direta ou indiretamente de fungos.
Pode-se citar como exemplo a ação fermentativa de fungos na síntese de álcool etílico e dióxido de carbono, os quais são imprescindíveis na produção de bebidas como vinho e cerveja, alimentos como pães e massas em geral. Outras espécies podem ainda proporcionar sabor e aroma distintos em diferentes tipos de queijos. O consumo de cogumelos comestíveis é prática comum entre populações de outros países, principalmente os orientais, e em nosso país, sua utilização vem crescendo a cada dia.
Na medicina, os fungos receberam especial atenção a partir do desenvolvimento de alguns antibióticos, destacando-se a penicilina sintetizada a partir de metabólitos do fungo Penicillium chrysogenum. Esteróides e hormônios para crescimento vegetal são oriundos também de metabólitos desses organismos. Um dos exemplos notáveis