Fundamentos Te ricos das Rela es Internacionais
INSTITUTO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Graduação em Relações Internacionais
Fundamentos Teóricos das Relações Internacionais II
Avaliação apresentada à Graduação de Relações Internacionais do Instituto de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (IRI/PUC-Rio) como requisito da disciplina Fundamentos Teóricos das Relações Internacionais II (IRI1524), em 2015.1.
Rio de Janeiro,
01 de Maio de 2015
I - A seguir, discutirei o conceito de modernidade a partir das concepções de Anthony Giddens, Reinhart Kosseleck e Niklas Luhmann. Para Giddens, a modernidade é multidimensional e não pode ser entendida à luz de apenas um de seus aspectos. O autor produz uma análise institucional da modernidade, com ênfases cultural e epistemológica. O pressuposto de sua análise é uma descontinuidade entre o período moderno, que se refere a um modo de organização social que emergiu na Europa a partir do século XVII e posteriormente se difundiu mais ou menos mundialmente, e o período anterior, embora assuma a existência de continuidades. O autor destaca que a modernidade se caracteriza por conexões cada vez mais globais, tanto na esfera política quanto na esfera social. Além disso, o ritmo da mudança é muito mais acelerado. Há um distanciamento do tempo-espaço, cada vez mais nos relacionamos com pessoas ausentes ao nosso convívio e confiamos em sistemas além do nosso entendimento. Dessa forma, as consequências da modernidade estão ficando cada vez mais universalizadas e radicalizadas. Para entender a modernidade é preciso olhar para os dois lados que a compõem: o lado positivo e o lado sombrio (ex: desenvolvimento industrial traz inovações tecnológicas e trabalho assalariado, com possibilidade de ascensão social, mas também produz condições degradantes de trabalho, ou trabalho semiescravo). Segundo Giddens, a modernidade também é caracterizada por uma hermenêutica dupla, ou