Fundamentos de economia
O déficit fiscal e uma possível causa de um processo inflacionário. Por uma parte, supondo que partimos de uma situação de equilíbrio entre a oferta e a demanda agregadas, um aumento no gasto do governo sem ser acompanhado por um incremento similar nos ingressos tributários, vai gerar tanto um excesso de demanda agregada, como um incremento no déficit fiscal.
Tal fato e o sinalizado pelos keynesianos como origem dos processos inflacionários num país.
Os monetaristas também supõem que um excesso na demanda agregada e o fator que começa os processos inflacionários, mas não estão de acordo com os keynesianos no que diz respeito à causa que gera esse excesso na demanda.
Desde a sua criação, é um aumento da oferta de moeda através de uma maior disponibilidade de liquidez, levando ao aumento da demanda agregada. Portanto, se o Estado, após ter esgotado todas as fontes de crédito privado, começa a utilizar a emissão de moeda para ser financiado certamente vai gerar um excedente de dinheiro que irá resultar em excesso de demanda e aumento geral dos preços.
Quando um governo carrega uma dívida pesada, cada vez será mais difícil conseguir financiamento real. Quando as fontes de crédito estão esgotadas e os déficits são persistentes, os governos muitas vezes recorrem a imprimir dinheiro como último instrumento para financiar as suas despesas. A emissão não genuína, quer dizer um aumento na oferta de dinheiro que não é acompanhada por um aumento na demanda por moeda, gera um aumento nos preços.
O financiamento de um déficit a través da emissão tem efeitos diferentes segundo se trate de um regime de tipo de câmbio fixo ou flexível. Como pode se ver, os paises que tenham déficit orçamentário crônico e de elevada quantia, pode resultar complicado demais manter um tipo de câmbio fixo e teriam de optar por passar para o tipo de câmbio flutuante ou, pelo menos, fazer ajustes freqüentes na paridade