fundamentos da corrosão
1.1 CONCEITO
"A corrosão é o processo inverso da metalurgia extrativa, em que o metal retorna ao seu estado original, ou seja, ao minério do qual foi extraído".
"A corrosão é a transformação de um material pela sua interação química ou eletroquímica com o meio em que se encontra".
A primeira definição é bastante simples e limitada, pois só se adapta aos materiais mais ativos, ou seja, aqueles cuja forma mais estável é o óxido do metal ou outro produto de oxidação. Não é o caso do ouro, por exemplo, que se encontra na natureza na forma metálica e pode sofrer corrosão em alguns meios específicos, como a água régia.
A segunda definição é mais geral. Dela pode-se concluir que sempre que houver a interação do material com o meio ocorre corrosão, independente se esta interação determina ou não a inutilização do material. Dessa forma a corrosão não precisa ser encarada como uma destruição do material, pois exintem aspectos benéficos, como veremos mais adiante.
Esquematicamente podemos apresentar a definição de corrosão assim: interação química ou eletroquímica
Material + Meio Produto de Corrosão + Energia
Este esquema mostra que :
- a corrosão metálica é uma reação envolvendo energia. É um processo espontâneo onde ocorre sempre liberação de energia (por exemplo, a exposição do aço a uma atmosfera poluída). Pode-se, entretanto, fornecer energia ao sistema metal/meio e obter, assim, uma corrosão forçada(por exemplo, processos de eletrodeposição).
- dependendo do tipo de produto de corrosão que se forma o metal poderá ser inutilizado ou não para uso.
Se os produtos de corrosão forem solúveis no meio ou não compactos e não aderentes ao metal esta será inutilizado para uso, pois a corrosão continua indefinidamente. O tempo para a sua inutilização será tanto maior quanto maior a velocidade da reação. Se, no entanto, os produtos de corrosão formarem uma camada compacta, uniforme e aderente ao metal, a velocidade de reação pode decrescer a