Frontispício e frontão
Em arquitetura, frontispício é um elemento arquitetônico constituído, genericamente, pelos elementos decoradores da parte frontal de uma construção, sobretudo na área da fachada. Sua composição reflete o período histórico da obra arquitetônica, sendo característico de uma escola.
O período do Barroco, sobretudo na região das Minas Gerais, apresentou frontispícios de igrejas característicos, mas divergentes em relação ao status da classe social frequentadora da igreja. As igrejas Matrizes mantiveram o frontispício tradicional, reto e fiel à planta retangular do resto do edifício. Os frontispícios deveriam manter a horizontalidade, seguindo o padrão angular do resto do edifício (valorização dos ângulos retos). Nas matrizes, valorizava – se o embelezamento do interior do prédio, através dos douramentos e ornamentos, enquanto que a fachada era relegada a um segundo plano. Atribui – se a isso a ideia de que o sagrado estava apenas dentro do prédio, sendo a fachada constituinte de um ambiente profano, além da ausência de verbas, muitas vezes, para a construção de uma fachada mais rica.
Com o boom econômico decorrente do Ciclo do Ouro e o desenvolvimento das vilas e cidades mineiras, a arquitetura mineira se desvinculou do tradicionalismo e passou a inovar. Foi necessário incluir mais torres para abrigar os sinos (torres sineiras), sendo comuns as igrejas de essa fase apresentar duas torres, uma em cada extremidade horizontal. O frontispício precisou ser alterado com a adição dessa nova torre e com a alteração interna da igreja: a adoção das tribunas e a expansão da nave fez com que fosse preciso alterar arquitetonicamente a construção: o frontispício passou a ser mais alongado e perdeu a sequencialidade com as torres, que passaram a ser localizadas, a partir de uma visão frontal do edifício, em um ponto posterior à fachada.
Algumas igrejas resolveram inovar ainda mais em seus frontispícios. Feita por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, o