Freud
A obra de Freud, a teoria psicanalítica, é uma teoria da infância e de seu desenvolvimento. O período infantil é determinante na formação do indivíduo e de sua personalidade adulta.
Embora Freud não tenha deixado uma teoria educativa, ele atribuía valor ao papel dos professores e dos pais de sua época, mostrando a importância da autoridade do adulto sobre a criança. Foi considerado conservador por isso. Sua posição dividia as opiniões de educadores contemporâneos (JOLIVERT, 2010).
Freud, um estudioso da Biologia, vê o ser humano ao nascer, como um ser totalmente dependente e essa dependência é longa, se comparada a outros mamíferos. O bebê humano necessita de ser nutrido, protegido e cuidado pelo adulto. Durante todo esse tempo, as transformações ocorrem em seu corpo e em sua afetividade.
O homem que a criança se tornará terá traços de sua infância. Assim sendo, a educação recebida é de suma importância para o desenvolvimento. A disciplina é fator de constituição do homem enquanto ser social e cultural. Educar seria uma forma de disciplinar as pulsões humanas. Deve haver um limite para a satisfação dos impulsos básicos. Freud considerava que a educação desde sempre era repressora, sendo, então, a causa das neuroses. Portanto uma boa educação deveria ser resultado de um equilíbrio entre a permissividade e a proibição (JOLIBERT, 2010).
O indivíduo aceita a frustração, pois traz dentro de si, uma condição de educabilidade. A educação não impõe regras e hábitos a um indivíduo cegamente obediente. Se o homem aceita a frustração e o adiamento da satisfação do prazer é porque vê nisto uma compensação. É porque o seu narcisismo precisa do amor de