Frei luis de Sousa
Esta obra foi escrita por Almeida Garret em 1843, e no ano seguinte, em 1844 foi publicada.
A obra divide-se em 3 Atos, em que o ato primeiro tem 12 cenas, o ato segundo tem 15 cenas e o ato terceiro tem 12 cenas.
Diz-se então que Frei Luís de Sousa é um drama romântico, com lances de tragédia apenas no conteúdo. Um drama romântico porque esta obra é escrita em prosa, é dividida em três atos, as personagens como Telmo e Maria têm a crença no sebastianismo, e Telmo acredita no aparecimento dos “mortos”.
Mas tem também lances de tragédia, principalmente pelo facto de Madalena ter casado com Manuel de Sousa, mesmo na sabendo se D João de Portugal se encontrava realmente morto. Mas também há outras tragédias como a possível ilegitimidade de Maria, o incêndio do palácio de Manuel de Sousa e a identificação do Romeiro.
Vou começar então a falar da cena II do ato segundo, em que entra as personagens Maria, Telmo e Manuel de Sousa. E vou começar por localizar a cena no espaço.
Bem, esta cena passa-se no Palácio de D. João de Portugal, em Almada, num salão antigo, com muitos retratos, nomeadamente o de Camões, o de D. Sebastião e o de D. João de Portugal. Esta cena insere-se após Manuel de Sousa ter incendiado o seu palácio para que os governadores não tomassem posse dele. Após isto, Manuel de Sousa fica em perigo, e enquanto D. Madalena, Telmo e Maria já vivem no Palácio de D. João de Portugal, este estava escondido numa quinta e só de noite ia visitar a sua família.
Mas na cena II, ele aparece pela primeira vez durante o dia e não de noite como de costume. A cena começa quando Telmo e Maria estão a observar o quadro de D. João de Portugal, em que este ainda não tinha sido revelado a Maria. E aparece, Manuel de Sousa, silenciosamente, e revela que a figura retratada e D. João de Portugal, e logo de seguida elogia-o dizendo que é um honrado fidalgo e um valente cavaleiro. Maria, sem ver