Frei Galvao
Relatos sobre dominação no mundo das corporações, especialmente no que diz respeito a como as organizações frequentemente exercem um impacto negativo junto a seres humanos e ambientes, aparecem com regularidade na maioria dos jornais e revistas especializadas em negócios.
A metáfora da organização traz para o centro de nossa atenção o lado avesso da vida organizacional, convidando-nos a examinar a extensão na qual representa um aspecto intrínseco do modo pelo qual decidimos organizar.
Na maioria das vezes, quando estas questões são tratadas na teoria organizacional, as mesmas são vistas como infortúnios, ou então como efeitos colaterais não intencionais, ou ainda como questões ligadas à ética da organização e ao relacionamento entre esta e a sociedade.
Ao considerar a metáfora da dominação como uma estrutura básica para a análise organizacional, a discussão deste capítulo tenta colocar estas questões na via principal, no sentido de que devem ser tratadas como dominantes nas colocações sobre a natureza e sucesso das organizações na sociedade moderna. Por exemplo, muitas empresas, sob outros aspectos excelentes, frequentemente possuem registros bastante questionáveis no que diz respeito ao impacto que causam no ambiente, na força de trabalho das fábricas e no Terceiro Mundo. Embora tenha obtido uma condição desenvolvida e admirável em termos de certos aspectos da prática gerencial interna, existe sempre um lado avesso desta excelência que quase sempre é complemente ignorado.
O conceito de imaginação procura desenvolver uma atividade proativa em relação ao modo pelo qual as organizações são e como elas poderiam ser. Acredito que as pessoas podem mudar as organizações e a sociedade, mesmo que a percepção e a verdade, ou as relações de poder verificadas através da história possam tornar, às vezes, a mudança difícil.
Modo pelo qual vemos e agimos na vida quotidiana, difícil como isto possa