FRASEOLOGIA
ESTRUTURAÇÃO MUSICAL II
Todo movimento é constituído da junção de duas fases: ARSIS e TESIS.
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ARSIS: A fase inicial do movimento, segundo suas leis naturais. Corresponde à energia, ao impulso e, como todo esforço, tende a permanecer pelo menor tempo possível. TESIS: A fase final do movimento, correspondendo à distensão do esforço, ao repouso, tendendo a persistir numa maior duração.
Na escrita musical tradicional, se considerarmos o compasso como elemento estrutural, o lugar da tesis é após cada barra de compasso, ou seja, ocupando sempre o primeiro tempo. Isso parece esquisito, já que a tesis não é início do movimento, mas o final, e na música, ocupa o início do compasso. Mas o que acontece é que na música, o que está grafado na partitura é o som, e o movimento de preparação para o primeiro som (o gesto inicial do maestro, o ar que é aspirado pelo músico de sopro ou a preparação para o ataque das cordas de um instrumento, por exemplo), correspondente à arsis, não está grafado na partitura.
T
T
T
A
A
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A
T
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A
T A
T
T (considerando o compasso como elemento estrutural)
T (considerando o tempo como elem. estrutural)
(considerando uma fração de tempo como elem. estrutural) O início das estruturas musicais.
Dependendo da maneira como o material é apresentado, as estruturas musicais (frases, períodos, temas, motivos, etc.) podem ter um início:
a) Anacrúsico, quando começa antes da primeira tesis da frase:
Exemplos: Asa Branca (L. Gonzaga/H. Teixeira); Escravos de Jó.
b) Tético, quando, começa junto com a primeira tesis da frase:
Exemplos: Garota de Ipanema (Tom Jobim/Vinicius de Moraes); Marcha Soldado.
c) Acéfalo, quando começa após a primeira tesis da frase
A conclusão das estruturas musicais.
Da mesma maneira, a conclusão de uma estrutura musical pode ser:
a) Masculina, quando termina numa tesis:
b) Feminina, quando termina após uma tesis: