França

CORREA,---
No capítulo 1 do livro “Primórdios Da Revolução Francesa”, Manoel Pio Corrêa, apresenta uma síntese geral do que levou a eclosão da revolução Francesa. Segundo o autor, é impossível destacar um único momento ou motivo que desencadearam o movimento, mas sim uma sucessão de fatos e acontecimentos que gerou na população um sentimento de insatisfação para com a atual situação social e econômica da nação.
Também é importante citar que a revolução não foi um movimento sem precedentes, o próprio Manoel cita algumas revoltas de cunho popular que aconteceram antes do grande levante burguês. É diante desta conjuntura que o autor afirma existir, na mentalidade da época, um forte desejo de mudança.
Mas o que era necessário mudar? Antes de responder a essa pergunta, é necessário que se explique qual era a realidade social da França. Pio deixa claro que as classes socais eram divididas em três: O primeiro estado (Alto clero), o segundo estado (Nobreza) e terceiro estado (camponeses). Dentre essas três classes, a única pagava impostos era a formada por camponeses.
Isso por si só já causava certa tensão social, mas o quadro agravava-se ainda mais após as grandes navegações em busca de metais preciosos. O grande acúmulo de dinheiro proveniente desse período acabou causando uma desvalorização do mesmo e uma consequente crise no estilo de vida da nobreza, que na tentativa de manter seu estilo de vida luxuoso, aumentou ainda mais os impostos sob o já abalado campesinato.
Em paralelo ao empobrecimento do segundo estado, uma nova classe social ascende com velocidade absurda. A burguesia, que antes estava restrita aos burgos, expande sua influência sobre os demais através de ideais iluministas de igualdade e fraternidade.
Apoiados pelos desesperados camponeses, os burgueses iniciam a revolução mais importante de toda a história ocidental.
O capitulo atende bem as expectativas criadas pelo título da obra ( Primórdios da Revolução Francesa) e, mesmo que não detalhe os