Fotossintese
Comecemos por rever a equação geral da fotossíntese:
Ou seja, partindo de Dióxido de Carbono e água, as plantas produzem glicose e Oxigénio. Agora a questão é: como?
A fotossíntese dá-se em duas etapas: uma que depende directamente da luz (fase fotoquímica), outra que pode ocorrer na ausência de luz (fase química). Analisemos com calma cada uma delas.
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1) Fase Fotoquímica
Nesta fase, a energia luminosa é captada pelos pigmentos fotossintéticos e é transformada em energia química, necessária para a fase seguinte. Funciona assim como uma espécie de preparação.
A energia química necessária vem na forma de duas moléculas muito importantes: ATP e NADPH. A ATP (adenosina tri-fosfato) fornece a energia necessária para se estabelecerem novas ligações, e o NADPH é uma molécula capaz de transferir electrões.
Vejamos então como tudo se processa.
A energia luminosa terá neste processo dois papéis muito importantes. Por um lado, excita a clorofila presente na membrana dos tilacóides, obrigando-a a perder electrões (ou seja, a luz solar promove a oxidação da clorofila) (B) (ver pigmentos fotossintéticos para perceber como é que se dá a excitação da clorofila); por outro lado, induz a fotólise da água (A), ou seja, dissocia a molécula de água em hidrogénio, oxigénio e electrões, de acordo com a seguinte equação:
Estes electrões libertados vão compensar os electrões perdidos pela clorofila.
O Oxigénio produzido é libertado para o meio ambiente. A produção de oxigénio durante a fotossíntese não é um fim em si mesma, mas apenas um sub-produto. Os electrões e H+ produzidos é que vão ser necessários para as reacções.
Quando a clorofila é excitada, os seus electrões são sucessivamente transferidos para proteínas presentes na membrana dos tilacóides, constituindo uma autêntica cadeia transportadora. Mas cada electrão perdido tem de ser compensado. Como? Com os electrões libertados na fotólise da água.
Ok. Já sabemos o que acontece