Fotomorfogênese
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FOTOMORFOGÊNESE
Rogério F. Carvalho & Lázaro E. P. Peres – Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz
- E-mail. lazaropp@esalq.usp.br
I - INTRODUÇÃO
II - O FITOCROMO
III - MUTAÇÕES FOTOMORFOGENÉTICAS
IV - GERMINAÇÃO, FLORAÇÃO E FITOCROMO
V - FUNÇÃO ECOLÓGICA DO FITOCROMO
VI - A LUZ E OS HORMÔNIOS VEGETAIS
VII - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
I- INTRODUÇÃO
Fotomorfogênese e fotossíntese são processos interdependentes
A fotossíntese não é o único processo para o qual a luz é essencial. Durante o ciclo de vida vegetal, várias respostas, que conferem enormes vantagens no estabelecimento e na sobrevivência da planta, tais como germinação de sementes, inibição do alongamento caulinar, síntese de clorofila e antocianinas, expansão foliar, floração e tuberização, estão envolvidas diretamente com a duração e a qualidade da luz. O processo pelo qual a luz regula o desenvolvimento das plantas é denominado fotomorfogênese (Kendrick & Kronenberg
1994).
A maioria dos processos biológicos influenciados pela luz, tanto para animais quanto para vegetais, ocorrem na faixa do espectro denominada luz visível, o qual varia de 400 a 700 nm (Figura 1). Assim, a principal fonte de energia para a fotossíntese se encontra nos intervalos da luz visível e os efeitos desta f ixa do espectro podem ser observados também na a fotomorfogênese. Contudo, alguns pigmentos estão envolvidos na percepção dos sinais trazidos pela luz e possuem seu pico de absorção em comprimentos de ondas abaixo de 400 nm e acima de 700nm. Alguns pigmentos envolvidos na fotomorfogênese são moléculas semelhantes à clorofila, mas que conferem à planta um ajuste em seu programa de desenvolvimento no ambiente em que se encontra, independente da fotossíntese. Por outro lado, tanto pigmentos fotossintéticos quanto os fotomorfogenéticos podem coincidir seus picos de absorção como um mecanismo interativo do desenvolvimento da planta. A