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O tecido resultante de um processo de cicatrização é produzido pelos fibroblastos - células do tecido conjuntivo - em regiões danificadas, é feito de colágeno. Esse tecido é prejudicial porque ele não possui capacidade de contração, como o músculo cardíaco. Assim, ao se cicatrizar, o coração acaba perdendo força, de modo que é importante reduzir a formação dessa cicatriz para garantir um bom funcionamento do órgão após um infarto.
O hidrogel pode ser degradado pelo organismo. De acordo com a pesquisadora Karen Christman, a própria migração das células é responsável por esse processo, e após três semanas da aplicação o material é completamente degradado pelo corpo. Nesse estudo, os pesquisadores realizaram testes de segurança e verificaram, entre outras coisas, a compatibilidade do gel com o sangue humano.
Para a fabricação do hidrogel o material usado na pesquisa e produzido a partir de tecido conjuntivo cardíaco de porcos. O tecido passa por um processo de limpeza, em que todas as células são retiradas, sobrando apenas a matriz extracelular, uma espécie de "suporte natural" do coração. Esse tecido passa por diversos processos até se transformar em um líquido, que pode ser injetado através de um cateter inserido em uma artéria e direcionado pelos vasos sanguíneos até o coração. De acordo com os autores, esse processo poderia ser realizado com o uso de sedativos, sem necessidade de uma anestesia geral.
O hidrogel é injetado no coração e poderá tratar danos nos músculos cardíacos causados por infarto. No ano passado, uma equipe de pesquisadores da Universidade da Califórnia, em San Diego, já havia testado o tratamento em ratos. Este estudo que foi publicado em 20 de fevereiro de 2013 no periódico Science Translational Medicine, o grupo realizou os testes em animais maiores como porcos, que têm anatomia mais semelhante aos seres humanos. O próximo passa da equipe é testar a espécie de "remendo" em