Formação e rompimento dos laços afetivos
Todos reconhecem a importância vital de uma relação estável e permanente com uma mãe amorosa durante toda a infância, e a necessidade de aguardar a maturação antes de arriscar intervenções tais como o desmame e o treinamento de hábitos pessoais de higiene. As influências mais formativas são aquelas que a criança recebe antes de iniciar a sua escolaridade, e que, por essa época, certas atitudes que podem afetar decisivamente todo o seu desenvolvimento subsequente já adiquiriram forma. O ódio e o amor, é um conflito inevitável que existe em nós. Se uma criança seguir um caminho favorável , ela crescerá consciente de que existem, em seu íntimo, impulsos contraditórios, mas estará apta a dirigi-los e controlá-los, e a ansiedade e culpa que eles engendram será suportável. Se o seu progresso for menos favorável, a criança será assediada por impulsos sobre os quais sente não ter controle ou ter um controle inadequado. O que caracteriza o indivíduo psicologicamente doente é a sua incapacidade pra regular satisfatoriamente seus conflitos. Portanto, uma chave para os cuidados com a criança é tratá-la de tal maneira que nenhum dos dois impulsos que põem em perigo a pessoa amada – a voracidade libidinal e o ódio- se torne demasiado intenso. Se um bebê tem o amor e a companhia de sua mãe e logo também a de seu pai, ele crescerá sem uma pressão exagerada de anseios libidinais e sem uma propensão irresistível para odiar. Se não tiver essas coisas, seus anseios libidinais provavelmente serão muito elevados, o que significa que o bebê estará procurando constantemente amor e afeição, e será continuamente propenso a odiar aqueles que não conseguem dar-lhe o afeto que ele tanto deseja. Os seres humanos, desde a infância, são mais sensíveis às atitudes emocionais daqueles que o cercam que qualquer outra coisa. Os bebês são mais sensíveis e estão mais atentos ao significado de tons de voz,