Formação Tucutu
- Estado de Roraima. Uma abordagem ao Paleo-ambiente da Formação Serra do Tucano. In:
SBG, Congr. Bras. Geol., 38, Camboriú, SC. Anais: v.3, 234-235
A COBERTURA MESOZÓICA DO HEMIGRÁBEN TACUTU - ESTADO DE RORAIMA.
UMA ABORDAGEM AO PALEOAMBIENTE DA FORMAÇÃO SERRA DO TUCANO
Nelson Joaquim Reis (*)
Nilo Sergio de Vargas Nunes (*)
Sandoval da Silva Pinheiro (*)
(*) CPRM - Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - Manaus
INTRODUÇÃO - O hemigráben Tacutu constitui extensão sudoeste do rift Norte Atlântico, tendo sido implantado em uma zona de reativação do Cinturão de Cisalhamento Güiana Central, no âmbito do Escudo das Guianas. Perfaz um segmento distensivo com orientação NE-SW, cujo desenvolvimento foi amplamente controlado por movimentos de blocos ao longo de um sistema de falhas lístricas durante o Mesozóico (Costa et al.1991; figuras 1 e 2). Seus limites têm sido estabelecidos através de dados aeromagnetométricos, além de levantamentos sismicos em subsuperfície, que apontam para uma profundidade em torno de 6000 metros. A Formação Serra do
Tucano representa a maior área de exposição de rochas sedimentares do hemigráben, apresentando desnível médio de 150 metros em relação a planície, e cujo ponto mais elevado atinge a cota de 320 metros. Estratigraficamente recobre as formações Tacutu (lacustre), Pirara (evaporítica) e Manari
(marinha) (Eiras & Kinoshita 1987). A pouca diversidade microfossilífera (flora Classopolis), além da natureza monótona de sua sedimentação, têm dificultado seu estabelecimento cronoestratigráfico, no entanto, datações efetuadas em derrames vulcânicos (Apoteri) restritos ao hemigráben, forneceram idades relacionadas ao Jurássico-Cretáceo (114-178 Ma). A Formação Serra do Tucano está recoberta tanto a norte como a sul pela extensa sedimentação neogênica da Formação Boa
Vista, sendo que nas adjacências do Morro Redondo, o