Formação da faringe
Por volta da terceira semana, o disco bilaminar sofre uma introdução de mais uma camada, o qual o torna um disco trilaminar, e as duas camadas prévias sofrem alteração de nomenclatura, passando a epiblástica a Ectoderme e a hipoblástica a Endoderme. Cada camada irá dar origem a tecidos específicos, pelo que a ectoderme é responsável por tecidos como a epiderme e o Sistema Nervoso, a mesoderme responsável por tecidos como os revestimentos musculares, tecido conjuntivo, órgãos, osso e, por fim, a endoderme, que será responsável pela formação de tecidos epiteliais respiratórios, pelo trato digestivo e glândulas, por exemplo.
A evolução deste disco trilaminar evidencia a presença de uma extremidade cefálica, onde ocorre a formação de uma membrana faríngea com origem ectodérmica na sua parte externa e endodérmica na sua parte interna, a qual irá dar origem, posteriormente, ao trato digestivo. Por outro lado, também uma extremidade caudal é evidenciada, onde ocorre a formação de uma membrana coacal, cuja origem também carece da mesoderme, e a qual constitui um análogo de um “ânus primário”, ou seja, o fim do trato digestivo.
O desenvolvimento do pescoço completa-se no período fetal, o pescoço e os tecidos associados formam-se a partir da faringe primitiva e do aparelho braquial
As estruturas iniciais do tubo intestinal são derivadas da parte anterior do intestino dianteiro e vão formar a faringe primitiva e a porção oral da garganta, ou orofaringe. A faringe primitiva alarga-se cranialmente, onde se encontra com a boca primitiva, e estreita-se caudalmente, à medida que se aproxima do esófago. A endoderme da faringe forra as porções internas dos arcos branquiais e introduz-se nas áreas em forma de balão chamadas sulcos faríngeos. Esta mesma endoderme não vai revestir a cavidade nasal. Em vez disso, a cavidade oral e nasal são delimitadas por ectoderme como resultado de dobras embrionárias. Assim, a parte caudal da faringe