FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES resumo
Aquele que busca cursos de formação muda sua prática e, consequentemente, sua leitura de mundo, pois, ao mudar a maneira de ver e ouvir o mundo, muda a postura e amplia os conhecimentos linguísticos, tornando-se pessoa melhor e inovadora. Destacamos que a formação continuada é um processo complexo e multideterminado, que ganha materialidade em espaços múltiplos e letrados, não se resumindo apenas a cursos e treinamentos, mas, sim, buscando novos conhecimentos e saberes, ultrapassando dessa forma a fronteira da decodificação dos conteúdos.
É necessário que a formação transite entre os múltiplos saberes, construindo assim a transdisciplinaridade, facilitando a capacidade de refletir sobre o que uma pessoa faz, pois isso permite fazer surgir o que se acredita e se pensa, que dote o professor de instrumentos ideológicos e intelectuais, para compreender a complexidade na qual vive e que o envolve (IMBERNÔN,2009,p.97).
A prática social e acadêmica na formação de professores implica não só um conhecimento da experiência de cada professor, de sua memória, de seu saber prático, mas uma ruptura com a forma de pensamento e ação próprios do cotidiano.
A formação inicial e permanente do profissional da educação deve preocupar-se fundamentalmente com a gênese do pensamento prático do professor, incluindo tantos os processos cognitivos como os afetivos que de algum modo se interpenetram, determinando a atuação do professor (GIMENO, 1988, p.61).
Compreender o docente como um profissional transmissor de conhecimentos é ultrapassado e vem sendo questionado, uma vez que a formação docente ultrapassa as fronteiras do senso comum. É nesse espaço universitário que acontece a formação do professor, e onde as práticas pedagógicas se intercruzam de uma maneira dialógica pautada pelos conhecimentos das habilidades e competências para o desenvolvimento intelectual, linguístico, humano e social. Os profissionais tornam-se