Formas indiretas de sugestão
Milton H. Erickson e Ernest L. o Rossi
Uma porção deste escrito foi apresentada à 28ª Reunião Anual da Sociedade para Hipnose clínica e Experimental, 1976, sob o título “Abordagens de
Milton H. Erickson para Indução de Transe.”
O problema do que constitui uma sugestão hipnótica foi um assunto de pesquisa por mais de um século (Tinterow, 1970,; Weitzenhoffer, 1953, 1963).
Recentemente, Weitzenhoffer (1974) apresentou dados experimentais relativo à dificuldade ainda prevalecente em distinguir entre instruções e sugestões hipnóticas. O reconhecimento de quando as sugestões hipnóticas são operativas é um assunto fundamental em pesquisa experimental, onde é importante distinguir entre tratamentos de grupos hipnóticos e de controle.
A natureza da sugestão hipnótica também é fundamental na hipnose clínica e psicoterapia, em geral, onde os médicos estão preocupados com os meios mais efetivos de facilitar processos terapêuticos.
Tradicionalmente, se a pessoa fala de se despertar ou sugestão hipnótica, isso normalmente significa qualquer sugestão direta, onde o operador faz um pedido claro e direto visando uma certa resposta, ou alguma forma de sugestão indireta onde a relação entre a sugestão do operador e a resposta do sujeito está menos definida ou óbvia. A importância do prestígio e autoridade do operador e dos princípios de repetição, homoação, e heteroação junto com a evocação de processos ideosensoriais e ideomotores
(Weitzenhoffer, 1957) que estão freqüentemente mediados através de fantasia meta-dirigida (Barber, Spanos e Chaves, 1974) normalmente são reconhecidos como a base de sugestão direta. Até mesmo os mais antigos investigadores perceberam que a dinâmica da sugestão indireta é mais complexa, porém. A sugestão indireta foi reconhecida como sendo uma função da individualidade do sujeito e, talvez por causa disto, era freqüentemente mais efetiva que a sugestão direta. Neste ensaio, revisaremos