A água está se convertendo em uma fonte geradora de guerras devido à competição internacional pelos recursos hídricos. Muitos países constroem grandes represas desviando a água dos sistemas naturais de drenagem dos rios em prejuízo de outros. Alterar o fluxo de um rio também modifica a distribuição da água, especialmente se isso implica transferências de água entre várias bacias. Estas mudanças provocam, frequentemente, disputas entre Estados nacionais que rapidamente degeneram em conflitos internacionais. As águas dos rios Tigre e Eufrates, que sustentaram agricultura durante milhares de anos na Turquia, Síria e Iraque, foi à causa de vários importantes choques entre esses países. Os dois rios nascem na Turquia, cuja posição oficial é a de que “a água é tão turca como o petróleo do Iraque é iraquiano”. Os projetos da Turquia para construção de represas no rio Eufrates levaram o país à beira de um conflito com a Síria em 1998. A Síria acusa a Turquia de usar deliberadamente sua fonte de água enquanto o rio desce pelo país. A falta de água ocasionada pelo aquecimento global aumentará ainda mais a pressão nesta volátil região. Israel, Jordânia e Palestina que têm 5% da população mundial sobrevivem com 1% da água disponível no Oriente Médio. Nesse contexto ainda há a guerra entre árabes e israelenses. Israel, os territórios palestinos e a Jordânia necessitam do rio Jordão, mas Israel controla-o e corta suas fontes durante as épocas de escassez. O consumo palestino é então restringido severamente por Israel. A guerra entre israelenses e palestinos é, também, uma guerra pela água. A fonte do conflito é o rio Jordão cujas águas são usadas por Israel, Jordânia, Síria, Líbano e Cisjordânia. A agricultura e a indústria de Israel requerem água desse rio, bem como das águas subterrâneas da Cisjordânia. Embora somente 3% da bacia do rio Jordão esteja em território israelense, esta área proporciona 60% das necessidades de água de Israel. A guerra de 1967 foi, também, uma