FOME E SEDE
R: O principal impacto é a escassez de peixe, alimento fundamental na dieta de muitos indígenas, assim, seguido por isso, muitas vezes afeta a cultura como por exemplo os Enawene-Nawe que necessitam de peixe para oferendas em troca de uma vida “tranquila”. Contudo, os projetos desenvolvimentistas afetam drasticamente a vida desses povos, mudando suas tradições, costumes e muita das vezes tirando-os de seu local de origem, onde tem um valor sentimental na vida desses povos.
2- É possível conciliar desenvolvimento e preservação dos recursos naturais e/ou da cultura de povos tradicionais?
R: Até poderia ser possível se não estivesse envolvendo pessoas e suas culturas, pois há uma “falta de respeito” com estes, onde muita das vezes decisões são tomadas sem priorizar o lado desses povos, que acabam perdendo sua identidade, ou seja, perdendo aquela forte ligação afetiva e espiritual com sua terra natal.
3- Qual o papel da Gestão Ambiental nestes conflitos?
R: Mediar ambos os lados, tanto do desenvolvimento, como dos povos tradicionais, respeitando a história dos mesmos, aceitando e entendendo que são povos que se veem como parte da natureza e não separados dela. Devemos, como gestores ambientais, acreditar que será possível sim priorizarmos a vida desses povos, pois, essa será nossa grande luta, a conscientização de profissionais que possam decidir corretamente a aceitação de projetos que tratam do envolvimento de pessoas, estudando também o grande impacto que esse projeto tratá para esses povos e não só os benefícios para o desenvolvimento.