Folha
Cristiano Rodrigues Pinho
Atualmente, uma das discussões mais acaloradas no mundo acadêmico e organizacional é sobre o papel do líder na condução eficiente de equipes e, como conseqüência, do resultado operacional da empresa. Passado um século do surgimento da administração como ciência, ainda há certo grau de incerteza sobre a forma de liderar um agrupamento humano.
Nos primórdios da administração até meados do século passado, o líder, ou simplesmente o gerente, era o expoente máximo da gestão empresarial. A ele, e somente a ele, cabia a função de definir o que cada um dos funcionários deveria ou não fazer dentro das paredes da organização. O gerente, aplicando a filosofia do medo, teria como função principal orientar a equipe na fixação de metas e atendimento dos padrões de qualidade esperados pela organização. A partir da segunda metade do século XX, a chamada escola de relações humanas dá uma nova roupagem e uma versão mais atualizada e mais soft do tema dando ao líder um aspecto mais humano, sendo que sua figura não pode mais ser caracterizada apenas para a execução da tarefa, mas também deve levar em consideração aspectos comportamentais e psicológicos da equipe liderada por ele.
Mas, afinal de contas, o que é liderança? Diversos autores mais contemporâneos definem liderança como sendo a capacidade de influenciar um grupo em direção ao alcance de objetivos. Ou seja, saímos de uma visão mais funcionalista do princípio do século passado, onde havia apenas uma relação de poder hierárquico para uma visão mais situacional e que a principal palavra de ordem é a influência interpessoal. A delegação de tarefas e o empowerment transmitido do líder aos liderados, aliado a uma conduta mais humana e participativa, dão aos liderados uma sensação de bem-estar que possibilita um melhor clima organizacional e uma maior eficiência operacional.
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