Folha de bananeira para tratamento de verminose em ovinos
Lilian Gregory, pesquisadora e professora da Clínica Médica de Ruminantes da FMVZ-USP, conduz o estudo conjuntamente com dois parasitologistas, Prof. Alexandre Amarante (Unesp – Botucatu) e o Prof. Milton Yamamura (Universidade de Londrina - UEL).
“Em alta concentração o extrato da folha de bananeira inibe a migração de larvas de Haemonchus contortus e Trichostrongylus colubriformis in vitro”, diz Lilian, se referindo a dois vermes que causam grandes prejuízos e muita dor de cabeça para os criadores. O primeiro é um pequeno vampiro: alimenta-se de sangue e parasita o abomaso (um dos quatro estômagos dos ruminantes) causando anemia, gastrenterite e pequenas hemorragias quando a larva rompe a mucosa e migra para o intestino. O segundo, Trichostrongylus, parasita o intestino.
Os taninos são polifenóis presentes em vários vegetais e em alimentos como cereja, chá, romã e vinho. Possuem um amplo leque de propriedades farmacológicas - cicatrizante, anti-séptico, antidiarreico e outras. Supõe-se que o tanino do extrato da folha de bananeira se ligue à cutícula da larva, rica em glicoproteínas, impedindo o desenvolvimento larval. “A viabilidade dos ovos de Trichostrongylus fica prejudicada após administração de pó de folha de bananeira. Os ovos das larvas não eclodem e a contagem de ovos nas fezes chega a zerar. Segundo a literatura, o aparelho genital das larvas também fica prejudicado pois elas não conseguem mais produzir ovos viáveis". O próximo passo será exatamente este: verificar a ação do tanino sobre a larva dos parasitos. "Daqui a um mês teremos resultados mais consistentes” lembra Lilian, pois a pesquisa ainda não foi concluída.
A importância da pesquisa consiste em ter encontrado um fitoterápico