Folclore
Universidade federal do rio de janeiro
Escola de belas artes
Folclore 2
O “samba moderno” originou-se de misturas e variações de etilos musicais a maioria oriunda da África, que eram tocados principalmente nos terreiros de candomblé, foi se transformando, até ganhar o status de “estilo musical” ou de “gênero musical” no final da década de 1920, com características próprias.
(Ernani Maller)
Apesar da competência do negro na produção dos sambas, ele tinha a limitação no que diz respeito a uma cultura musical formal capaz de satisfazer às exigências da industria fonográfica, já que esta tendia a se adequar ao gosto das classes altas, consumidoras de disco, portanto, esta indústria, estava subordinada a um padrão de musicalidade vindo de outros países, principalmente no que se refere à orquestração, e nesse campo o negro não tinha lugar. Os maestros e os instrumentistas capazes de ler partituras eram brancos, até que um dos antigos freqüentadores da casa de Tia Ciata, se destaca por sua erudição e virtuosismo musical, e rompe com essa noção: Pixinguinha.
Um marco dentro da história moderna e urbana do samba ocorreu em 1917, no próprio Rio de Janeiro, com a gravação em disco de "Pelo Telefone", considerado o primeiro samba a ser gravado no Brasil (segundo os registros da Biblioteca Nacional). A canção tem a autoria reivindicada por Ernesto dos Santos, mais conhecido como Donga, com co-autoria atribuída a Mauro de Almeida, um então conhecido cronista carnavalesco. Na verdade, "Pelo Telefone" era uma criação coletiva de músicos que participavam das festas da casa de aTia Ciata, mas acabou registrada por Donga e Almeida na Biblioteca Nacional "Pelo Telefone" foi a primeira composição a alcançar sucesso com a marca de samba e contribuiria para a divulgação e popularização do gênero. A partir daquele momento, esse samba urbano carioca começou a ser difundido pelo país, inicialmente associado ao carnaval e posteriormente adquirindo um