Florence
Quando falamos de Florence, devemos nos lembrar de como a sociedade era composta naquela época. O homem era quem tinha a voz ativa e chefe da família, já a mulher era submissa, esposa, mãe e dona do lar, perfeita para os padrões da época.
Durante sua juventude Florence acreditava ter recebido um chamado de Deus. Na fase adulta, ela acredita que esse chamado era cuidar dos enfermos mesmo contra a vontade de sua família, que era abastarda na sociedade. Para não abrir mão de seus propósitos, ela negou-se a casar.
Foi para a Alemanha aprender o oficio da enfermagem, onde ela descobriu que o cuidar não é só do corpo e da doença, mas sim da higiene, ambiente e humanidade. Após algum tempo trabalhando em uma instituição em Londres, os rumores da Guerra chegam ao seu conhecimento. Então ela decide, usando de seus próprios recursos rumou para os hospitais militares, onde os soldados estavam morrendo em grande número. Escolheu 38 mulheres abnegadas e com caráter idôneo para acompanha-la nesta jornada. Chegando aos campos de Scutari, viu-se rodeada por militares que achavam que na guerra não tinha lugar para as mulheres. Foi então que com competência, persistência e coragem, aos poucos ela conseguiu mostrar como a enfermagem deveria ser, com cuidado científico, higiene, conforto, respeito ao ser humano, assim a mortalidade dos soldados em pouco tempo diminuiu drasticamente, mostrando a sua importância.
Teve o reconhecimento de seu trabalho pela monarquia, não esperando nada em troca, afinal ela abriu mão de ter uma vida pessoal em prol à enfermagem e sua evolução. Até hoje temos muito a agradecer a essa mulher inteligente e corajosa, que nos ensinou o verdadeiro significado do cuidar e da enfermagem.