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ffffffffffffffffffffffA Cidade Antiga, de Fustel de Coulanges
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Considerado o fundador da moderna historiografia de seu país, o francês Fustel de Coulanges publicou A cidade antiga em 1864, com enorme impacto nos meios intelectuais. Várias traduções e reedições depois, o livro foi considerado um clássico e, mesmo muito tempo após a morte do autor, em 1889, permanece, como está escrito no prefácio, uma obra "muito conhecida e famosa, ainda que pouco lida, um elemento do patrimônio literário da França".

Fustel de Coulages nos relata como se formaram as cidades dos primórdios de nossa Antiguidade Clássica, com base na formação social e religiosa da família. O pai, líder máximo de cada família, juiz, sacerdote e na sua pós-morte, elevado a condição de um Deus dentro do Panteão doméstico de cada família, tinha ainda em vida, a obrigação sagrada de delimitar sua terra, o seu lugar por direito sagrado, através de um arado puxado por animais e por todo um rito religioso onde a família ali participava. Consagrando-se o lugar e pedindo a benção aos seus deuses domésticos, se erguiam as cercas e muros, os limites sagrados do seu solo, futuro lugar de seu descanso eterno. O lugar de criar sua família, seus animais, de plantar e colher seus frutos, de assar seu pão e de enterrar seus mortos.

A obra é um tratado sobre a civilização greco-romana. É citado a forma como o sagrado na cidade grega consubstanciava a noção de limites entre as casas, entre uma moradia e outra era observado uma certa distância.

No livro, o autor estudou também a Índia e citou outras sociedades antigas, como a Chinesa e os índios norte-americanos, descobrindo que o primeiro vínculo social existente foi o religioso, o culto aos mortos. As gerações mais antigas encaravam a morte não como uma dissolução do ser, mas como simples mudança de vida.

Do culto aos

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