Fitoterapia
DOI: 10.4034/PBOCI.2012.122.21
A Fitoterapia no Âmbito da Atenção Básica no SUS: Realidades e
Perspectivas
Phytotherapy in Primary Care in SUS: Realities and Perspectives
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Leônia Maria BATISTA , Ana Maria Gondim VALENÇA
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Professora Adjunta do Departamento de Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), João Pessoa/PB, Brasil.
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Professora Associada do Departamento de Clínica e Odontologia Social da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), João Pessoa/PB, Brasil.
iNTRODUÇÃO
O emprego de plantas com o objetivo de recuperar ou manter a saúde é uma prática que se confunde com a própria história da humanidade. No
Brasil, a utilização de plantas medicinais é bastante difundida, sendo resultado de um acúmulo secular de conhecimentos repassados por meio da tradição oral por gerações e diferentes etnias.
Estamos vivendo em um momento marcado por um amplo interesse nas terapêuticas naturais, entre as quais a Fitoterapia, tendo em vista que ela busca a cura ou a prevenção das doenças, quando usada de forma correta. Mesmo sendo um fenômeno mundial, mas, no
Brasil, ele tem características próprias devido à riqueza de nossa flora, a extensão de nosso território e a tradição do uso de plantas medicinais.
Tem sido observada, na nossa prática diária, uma crescente insatisfação da população com o medicamento sintético, ainda uma terapêutica hegemônica, nos dias atuais devido aos efeitos adversos que eles provocam, ao seu alto custo e a falta de acesso da população aos serviços de saúde. Como consequência deste crescimento, muitos usuários do sistema público e privado de saúde buscam novas terapêuticas para tratar suas doenças, entre elas a Fitoterapia, o que tem levado ao aumento do número de profissionais de saúde interessados no seu estudo e na sua prática.
No Brasil, a partir da década de 80, foi enfatizado o uso de fitoterápicos no âmbito da atenção básica no sistema de saúde