Fisioterapia na Saúde Mental
A política psiquiátrica exercida no país foi marcada pela violência institucional, pela marginalização promovida pelas instituições psiquiátricas e pela existência da "indústria da loucura", que era promovida pelo setor privado de prestação de serviços com a concorrência do ministério público (ROTELLI & AMARANTE, 1992).
Segundo Mendes (1998), dentre os principais movimentos de reforma psiquiátrica no Brasil, merecem destaque a Reforma Clemente Pereira, ocorrida no Rio de Janeiro em meados da década de 1850, conhecida como a Era de Ouro dos Asilos, teve como líder principal José Clemente Pereira, que, juntamente com os provisores da Santa Casa passaram a exigir verbas publicas para construção de asilos pelo país com o objetivo de isolar das cidades grandes os doentes mentais; a Reforma Teixeira Brandão, ocorrida em Minas Gerais na década de 1980, enfatizava a importância da construção de manicômios; a Reforma Adauto Botelho, organizada pelo Doutor Adauto Botelho na cidade de Santa Catarina, em meados da década de 1940, objetivava a adequação dos espaços destinados ao tratamento e manutenção dos “psicopatas”, com prestação de atendimentos que seguissem as normas psiquiátricas; e a Reforma Leonel Miranda, surgiu em meados da década de 1960 e objetivava a criação de um sistema de empresas privadas para terceirizar as funções do Estado na área de saúde mental.
Historicamente, o início do processo de Reforma Psiquiátrica é contemporâneo da Reforma Sanitária, nos anos 70, inscrita num contexto internacional de mudanças pela superação da violência asilar, foi fundada na crise do modelo de assistência hospitalocêntrica psquiátrica e no surgimento dos esforços dos movimentos sociais pelos direitos dos pacientes psiquiátricos (BRASIL, 2005). De acordo com Amarante (1998) o movimento da reforma psiquiátrica brasileira tem como estopim a Crise da Divisão Nacional de Saúde Mental, órgão do Ministério da Saúde responsável pela