Fisioterapeuta
ALONGAMENTO MUSCULAR: UMA VERSÃO ATUALIZADA
Adélia Oliveira da Conceição 1
George Alberto da Silva Dias 2
RESUMO:
O presente artigo apresenta-se como revisão bibliográfica sobre alongamento muscular, abordando seus principais conceitos, as características dos tecidos corporais envolvidos, principais métodos e alguns cuidados necessários para a boa aplicação da terapia. Dessa forma o objetivo do texto é desmistificar alguns aspectos sobre o assunto que possam interferir na boa pratica das técnicas, favorecendo, assim, um melhor conhecimento sobre o assunto para os profissionais da área da saúde, em especial aos fisioterapeutas.
INTRODUÇÃO
O alongamento é uma manobra terapêutica utilizada para aumentar o comprimento (alongar) de tecidos moles que estejam encurtados (KISNER, 1998), podendo ser definido também como técnica utilizada para aumentar a extensibilidade músculotendinosa e do tecido conjuntivo periarticular, de tal modo contribuindo para aumentar a flexibilidade articular (HALL; BRODY, 2001).
A flexibilidade sofre influência de três fatores principais: a estrutura óssea da articulação, a quantidade de tecido periarticular e a extensibilidade de tendões, ligamentos e tecido muscular que cruzam a articulação (ALLSEN, 1999). Com a diminuição da extensibilidade o músculo perde a capacidade de se deformar, restringindo a amplitude articular na direção do movimento do qual é antagonista (BRANDY, 2003), assim como hábitos sedentários são um dos maiores responsáveis pela perda de flexibilidade, pois a falta de uso da estrutura em arcos extremos de movimento articular resulta na adaptação dos tecidos conjuntivos a comprimentos menores com conseqüente perda da extensibilidade. Além disso, a redução da flexibilidade sendo responsável por movimentos corporais incorretos contribui para o uso viciosos da estrutura anatômica gerando estresse mecânico e predispondo a lesões cumulativas