Fisioterapeuta
Arlindo G. Pardini Jr
Afrãnio D. de Freitas
O punho é o segmento anatômico intermediário entre o antebraço e a mão. Sua integridade é responsável pela boa função dos dedos. De acordo com Flatt, o punho é a articulação chave para toda a função da mão e os seus movimentos permitem que a mão seja colocada em grande variedade de posições.
Devido a sua complexidade e versatilidade funcional, é necessário um conhecimento detalhado de sua anatomia e cinesiologia para que se possa realizar um exame físico adequado e interpretar corretamente os achados clínicos e radiográficos.
O limite anatômico do punho vai desde o ponto em que o rádio começa a se alargar até as articulações carpometacárpicas. Segundo Taleisnik , o limite proximal não necessita ser precisamente definido e corresponde a uma linha que passa cerca de 3 cm proximal ao espaço radiocárpico. Portanto, as lesões do rádio em sua parte distal, mesmo se extra-articulares, são consideradas lesões do punho quando elas interferem com sua função.
ANATOMIA
OSSOS E LIGAMENTOS DO PUNHO
A superfície articular distal do rádio tem uma forma triangular, cujo ápice corresponde ao processo estiloide, e a base, à cavidade articular para a cabeça da ulna. Ela apresenta duas fossetas articulares, uma eliptica, localizada do lado radial, que articula com o escafóide, e outra esférica , do lado ulnar, onde articula o semilunar; e são separadas por uma crista no sentido antero-posterior. A borda ulnar do rádio, em sua porção mais distal, articula-se com a cabeça da ulna em uma cavidade rasa denominada fossa sigmóide(Fig. 8.1). Vista de perfil, a superficie distal do rádio tem uma inclinação anterior em torno de 12 a 15 graus e vista de frente, na projeção radiológica antero-posterior, apresenta uma inclinação ulnar de 20 a 25 graus. Portanto, as margens posterior e lateral da extremidade distal do rádio têm efeito de contenção, contribuindo para a