fisiologias
Oídio (Oidium sp.) incidente em soja (Glycine max)
Flávio Henrique da Silva
Acadêmico do curso de Agronomia
INTRODUÇÃO
O Brasil é o segundo maior produtor mundial de soja. Na safra 2007/08, a cultura ocupou uma área de 21,2 milhões de hectares, o que totalizou uma produção de 59,85 milhões de toneladas. Os EUA, maior produtor mundial do grão, responderam pela produção de 70,7 milhões de toneladas de soja. A produtividade média da soja brasileira é de 2819 kg/ha ou 47 sc/ha, chegando a alcançar cerca de 3136 kg/ha no estado do MT, o maior produtor brasileiro de soja. As boas condições climáticas aliadas ao alto nível tecnológico foram os principais responsáveis pelo aumento de produção, quando comparada com a safra 2006/07. Esta leguminosa é cultivada em quase toda a extensão do Brasil, com maiores áreas de cultivo e de produção, em ordem decrescente, nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste. Mais recentemente houve expansão de seu cultivo para as regiões Norte e principalmente para o Nordeste. Tal fato é decorrente do sucesso produtivo e adaptativo as cultivares melhorados, visando diversos aspectos da cultura (Embrapa, 2001).
Entre os principais fatores que limitam a obtenção de altos rendimentos em soja estão às doenças. O número de doenças continua aumentando com a expansão da soja para novas áreas e como conseqüência da monocultura. A importância econômica de cada doença varia de ano para ano e de região para região, dependendo das condições climáticas de cada safra. As perdas anuais de produção por doenças são estimadas em cerca de 15 % a 20 %, entretanto, algumas doenças podem ocasionar perdas de quase 100 % (Knebel et al., 2006).
Algumas doenças fúngicas têm recebido grande atenção devido aos prejuízos que têm causado à produção de soja. Dentre elas, a ferrugem asiática é atualmente a principal doença que acomete a produção de soja no Brasil e uma das mais importantes do mundo.