fisiologia
Importância para a formação e atuação profissional do professor de
Educação Física
A Ciência da Motricidade Humana, diante do quadro atual da Educação Física, aponta a necessidade de mudança paradigmática e propõe o corte epistemológico para que a área possa romper com o seu passado clássico e com o paradigma racionalista e passar para uma nova perspectiva, uma nova ordem científica.
Observamos que o paradigma clássico “é insuficiente para compreender e explicar os fenômenos da natureza humana”. É com esse pensamento que não se aceita mais uma Educação Física subjacente ao paradigma clássico, enraizado em um dualismo ultrapassado, sem seu objeto de estudo definido, com a identidade e o conceito de ciência esmolada na área biológica, que não permite a ruptura entre a teoria e a prática. Pereira (2006, p. 129) defende que “é chegado o momento da descontinuidade, de suscitar inovações e mudanças, de transição, de acompanhar as revoluções ocorridas no âmbito das ciências, para provocar um salto qualitativo para o campo do saber, na impropriamente denominada, Educação Física”. É nesse momento que se torna necessário consolidar os cortes epistemológico, rumo a novos caminhos e horizontes. O corte epistemológico, que é um instrumento teórico para pensar a descontinuidade entre a ideologia e as ciências, de acordo com Feitosa, “constitui o caminho para se analisar a estrutura específica da ciência enquanto aparato de produção de conceitos e, sobretudo, para fazer-nos pensar a diferença entre objeto real e objeto de conhecimento”.
A Educação Física está historicamente presente nos currículos escolares brasileiros. Desde a década de oitenta, considerando o período de redemocratização política brasileira, novas reflexões surgiram nos contextos da área sinalizando que a Educação Física precisava entrar em crise urgentemente, criticar seus valores, justificar a si mesma e procurar sua identidade. Passados