Fisiologia da dor no recém-nascido
A dor é definida de acordo com a Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP) como: “uma experiência sensorial e emocional desagradável, que é associada ou descrita em termos de lesões teciduais”.
O fato de a dor ser um sinal de alerta para indicar a presença de diversas afecções clinicas, ela é atualmente considerada o quinto sinal vital, sendo tão importante avaliar a dor em um cliente quanto aferir a pressão arterial (BRUNNER, 2006). Em um recém-nascido isso não é diferente, sendo que pelo caráter verbal da dor, torna-se mais difícil a sua identificação no neonato.
Diversos tipos de estímulos lesivos podem causar a dor, entre eles estão: o trauma dos tecidos; a isquemia (falta de fluxo sangüíneo); calor intenso; o frio intenso (em especial o congelamento) ou a irritação química dos tecidos. Enquanto o tecido está sendo lesado ele libera algumas substâncias de suas células, que irão estimular as terminações nervosas da dor (GUYTON, 1988).
Dentre os mecanismos e estruturas nervosas responsáveis pela transmissão da dor encontram-se os nociceptores. Os nociceptores são receptores sensíveis á um estimulo nocivo, são terminações nervosas livres na pele que respondem aos diversos tipos de estímulos lesivos (BRUNNER, 2006).
Os nociceptores respondem á estímulos mecânicos, térmicos e químicos de alta intensidade, esses neurônios altamente especializados transformam esses estímulos em atividade elétrica ou potencial de ação ocasionando a dor (TEIXEIRA, 1997).
Após ocorrer a nocicepção (transdução da dor), os potenciais de ação são transmitidos pelo sistema nervoso periférico. De acordo com a explicação de Brunner (2006, p.235):
Os neurônios de primeira ordem fazem o trajeto desde a periferia (pele, córnea, órgãos viscerais) até a medula espinhal através do corno dorsal [...] as fibras mielizadas menores transmitem rapidamente a nocicepção, o que produz a dor rápida inicial. As fibras do tipo C são fibras maiores,