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Mas segundo o neurologista Marcos Sabri isto raramente acontece. “Algumas pessoas possuem tumor no cérebro e morre em consequência deste problema. Outros, principalmente se estiverem sozinhos, podem se engasgar com o próprio vômito”, explica o especialista.
O local onde a vítima está no momento da crise é decisivo para evitar que ela se machuque gravemente. Há 17 anos, o flanelinha Cleomar Alves da Silva sofre de epilepsia. Algumas vezes ele estava trabalhando e caiu no meio da rua. ”Eu fiquei entre dois carros e a sorte é que uma mulher me viu e avisou para o meu irmão. Sempre fico todo ralado porque caio no asfalto”, relatou o flanelinha.
Cleomar toma remédio anticonvulsivante. Antes, eram três comprimidos por dia, mas ele conta que se sentia mais fraco devido a medicação e decidiu parar por algum tempo. Uma semana após essa iniciativa, a crise veio. “Meu braço fica dormente e sinto a boca ficando torta. Não consigo mais falar e já não vejo nada nessa hora”, disse Cleomar.
Segundo Marcos Sabri, a crise acontece quando uma atividade elétrica do cérebro torna-se desordenada. “A convulsão indica um problema no sistema nervoso central e é preciso descobrir a causa para tratá-lo. Ela pode ser um tumor, sequelas de um AVC ou trauma no crânio”, afirma o médico.
No caso de Cleomar, as crises vieram após um tiro que ele sofreu na cabeça. Mesmo com a medicação ele diz que ainda tem crise, embora em menor frequencia. “Apenas 10% dos casos não são resolvidos com medicamento e é necessário fazer cirurgia”, revela o neurologista, acrescentando que a suspensão do remédio pode trazer sérias complicações para um