finchamento
Olhemos, pois, em direção às palavras retratadas por Oswald de Andrade em uma de suas brilhantes criações:
Vício na fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados
http://www.revista.agulha.nom.br/oswal.html#vicio
O discurso ora proferido revela a não uniformidade da língua, em que os “telhados” vão sendo construídos a partir das relações sociais demarcadas por diversos fatores, entre eles os regionais, culturais, sociais e, por que não dizermos, contextuais. Quantos “mios”, miós”, “piós”, “teias” e “teiados” não compartilham do cotidiano linguístico de muitos usuários por esse Brasil afora, sobretudo em se tratando daquele linguajar caipira, cuja enunciação caracteriza tão somente um baixo nível de escolaridade, muitas vezes por falta de oportunidade em adquiri-la, mas que nem por isso a interlocução deixou de ser materializada. Outro aspecto, também digno de nota, refere-se à contextualização outrora mencionada (fatores contextuais), visto que se restringe ao que denominamos de adequação vocabular, mesmo tendo em vista que estamos submetidos a um padrão que nos é convencional.
Assim, “entrecortados” pelo viés da Sociolinguística, prestemo-nos ao exercício de enfatizar um destes fatores que exercem suas influências para tamanha diversidade – o fator regional. Ora, não precisamos ir muito além para percebermos a amplitude de termos típicos de cada região brasileira, todos com significados específicos. Desse modo, no intuito de norteamos nosso conhecimento no que a isso se refere, conferiremos a seguir alguns casos representativos, tendo em vista algumas regiões. Ei-las, portanto:
Expressões típicas da região Nordeste:
Expressões oriundas da região Sul:
Expressões relativas ao Norte brasileiro: