Filosofica
Insatisfeito com a maior e mais rápida ascensão da história do Japão, Hideyoshi queria conquistar toda a Coréia e a China. Em 1597, ele lançou a Segunda Campanha na Coréia, enviando como comandante Kobayakawa Hideaki, um general até então leal a ele.
Uma coisa precisa ser dita sobre Hideyoshi: ele não perdia. Ganhou praticamente todas as batalhas que disputou. Era até de se esperar para alguém que saiu de carregador de sandálias até chefe de todo o Japão. Porém, nessa campanha contra a Coréia, o Japão estava perdendo. Apesar de Hideaki ter avançado em terra, as tropas foram destruídas na batalha naval.
Para entender o que estava acontecendo, Hideyoshi mandou um enviado ao Japão, Isida Mitsunari. Mitsunari chega ao Japão, discute com Hideaki (talvez por ter um gênio difícil) e, quando volta ao Japão, coloca a culpa da derrota em nele. Isso pode parecer injusto, já que Hideaki ganhou todas as batalhas que disputou; não era culpa dele o fato da Coréia ter sido capaz de levantar uma resistência tão boa no mar e destruir as tropas japonesas mas, afinal de contas, ele estava no comando.
Ao voltar para o Japão, Hideaki é responsabilizado pela derrota. O que Hideyoshi faz? Ele poderia ter perdoado seu general tão leal ou poderia ter forçado ele a cometer o ritual de suicídio, para limpar sua honra (e a da família). Mas não, Hideyoshi humilha Hideaki publicamente, tira a maior parte das terras dele e corta o estipêndio em 2/3. Erro enorme.
Como Maquiavel diz (e a história ensina), você não deve fazer as coisas pela metade. Perdoar Hideaki? Ok. Executar Hideaki? Ok. Retirar as terras, insultar e rebaixar ele, dando tempo para reconsolidar e reconstruir? Não ok.
Eventualmente, o império de Hideyoshi se divide em duas facções (uma liderada por Tokugawa Ieyasu e a outra liderada