Filosofia
Muito se questiona na sociedade popular, qual a importância da filosofia para a vida real. No imaginário das gentes, filosofia é "perca de tempo". Julgam que o filósofo é alguém "fora da realidade", que se põe a falar difícil e ninguém o entende, nem ele mesmo. Não sabem que ao fazerem esta crítica, nas palavras de Heidegger, também estão filosofando:
"... já estamos na filosofia porque a filosofia está em nós e nos pertence; e, em verdade, no sentido de que já sempre filosofamos. Filosofamos mesmo quando não sabemos nada sobre isso, mesmo que não "façamos filosofia". Não filosofamos apenas uma vez ou outra, mas de modo constante e necessário porque existimos como homens. Existir como homem significa filosofar. O animal não pode filosofar. Deus não precisa filosofar. Um Deus que filosofasse não seria Deus porque a essência da filosofia é ser uma possibilidade finita de um ente finito" De fato, em todas as sociedades humanas sempre se observou o fenômeno filosófico. Lemos na Introdução aos Livros Sapienciais as palavras do padre Joaquim Salvador afirmando que "em toda a vasta região que incluímos sob a expressão Oriente Antigo, o estudo da sabedoria de tal modo que se enraizou, que se tornou proverbial dizer que o Oriente era a pátria da sabedoria[1]". Defender que o Oriente detenha a paternidade da sabedoria é fazer eco aos chamados orientalistas, os quais, antes de Sócrates, Platão e Aristóteles, citam Buda, Lao-Tsé e Zoroastro. Em linhas gerais, a filosofia nasce no espírito humano a partir do contraste entre o que chamamos senso comum e pensamento crítico. No instante em que o ser humano questiona se "esta é a verdade absoluta sobre isto e aquilo", o senso crítico o coloca do universo filosófico.
Razões para filosofar
Três razões que dão importância ao ato de filosofar: 1. Detectarmos o nosso próprio sistema de valores; 2. Adquirimos capacidade crítica para filtrar o que nos é apresentado; 3. Entendermos nossa época, as