Filosofia
Em nossa vida cotidiana, usamos a palavra razão em muitos sentidos. Dizemos por exemplo, “Eu estou com a razão”, para significar que sabemos com certeza alguma coisa. Também dizemos que, num momento de fúria ou desespero, “Alguém perde a razão”, como se a razão fosse alguma coisa que se pode ter ou não, possuir e perder, ou recuperar, como na frase: “Agora ela está lúcida, recuperou a razão”.
Falamos também frases como: “Se você me disser suas razões, sou capaz de fazer o que você me pede”, querendo dizer com isso que queremos ouvir os motivos que alguém tem para querer ou fazer alguma. Fazemos perguntas como: “Qual é a razão disso?”, querendo saber a causa de alguma coisa e, nesse caso, a razão parece ser alguma propriedade que as próprias coisas teriam, já que teriam uma causa.
Assim, usamos a palavra razão para nos referirmos a motivos de alguém e também a causas de alguma coisa, de modo que tanto nós, quanto as coisas parecemos se dotados de razão, mas em sentido diferente.
2) O que é razão objetiva? E a razão subjetiva?
Fala-se, em razão objetiva (a realidade é racional em si mesma) e em razão subjetiva (a razão é uma capacidade intelectual e moral dos seres humanos). A razão objetiva é a afirmação de que o objeto do conhecimento ou a realidade é racional; a razão subjetiva é a afirmação de que o sujeito do conhecimento e da ação é racional. Para muitos filósofos, a filosofia é o momento do encontro, do acordo e da harmonia entre as duas razões ou racionalidades.
3) Quais são as atitudes mentais opostas à razão?
Desde o começo da filosofia, a origem da palavra razão fez com que ela fosse considerada oposta a quatro outras atitudes mentais:
• Ao conhecimento ilusório, isto é, ao conhecimento da mera aparência das coisas que não alcança a realidade ou a verdades delas; para a razão, a ilusão provém de nossos costumes, de nossos preconceitos, da aceitação imediata das