Filosofia

397 palavras 2 páginas
O Deus de Espinosa :
É impessoal, impassível, determinado, necessário. São essas características que o tornam absolutamente perfeito. A perfeição divina consiste na sua imediatez e completude mas também na sua organização e estruturação, por Espinosa designada de necessidade ou eternidade. A criação por amor é algo de gratuito, impensável num Deus Substância sumamente racional. A Substância espinosana caracteriza-se pela imediatez, colocando-se desde sempre com todas as suas determinações. Deus não é prévio aos modos. A supremacia que detém sobre eles é a mesma que existe entre o Todo e as partes.
A ideia de um Deus que não cria é acompanhada de uma crítica profunda a qualquer ordem finalizada , a qualquer plano patente na Natureza. O Apêndice do livro I desconstrói a perspectiva teleológica, classificando-a como uma das superstições maiores e mais comuns de toda a humanidade. A “vontade de Deus, esse asilo da ignorância”, é a expressão encontrada pelo filósofo para a pretensão de justificar os acontecimentos cujas verdadeiras causas desconhecemos [19]. Ao recorrermos à vontade divina, substituímos a ordem do Todo por uma ordem comum da natureza. Mas esta não é mais do que a projecção dos nossos anseios e objectivos. http://www.triplov.com/creatio/luisa.htm Deus de Pascal

É o Deus da Revelação.
Em Pascal a existência de Deus não estava assegurada, temos todo o interesse em apostar nela, mas não é uma certeza. O que existe entretanto é o gozo.

Lacan afirma também que o Deus de Pascal, ao qual ele se refere, está ancorado no sujeito por pontos de reversão entre o significante e o objeto. Passando ao lado do significante nos encontramos ao lado do objeto, passando ao lado do objeto nos encontramos ao lado do significante. Não podemos melhor designar os momentos em que se produz o fading (desvanecimento) do sujeito, seja na surpresa trazida pelo significante, seja no corte em relação ao gozo, isto é no momento em que ocorre o desvanecimento, onde

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