Filosofia
Temática: O empirismo
O empirismo, como paradigma epistemológico, é a teoria que tem na experiência sensível externa ou interna a fonte exclusiva do conhecimento. Assim, para o empirismo a experiência é necessária. Indicamos alguns representantes como Francis
Bacon (1561-1626) e John Locke (1632-1704).
Para o empirismo nada chega à razão que não tenha passado primeiro pela experiência e de preferência pela experiência sensível, isto é, a experiência obtida por meio de nossos cinco sentidos, que já falamos em outra unidade: visão, audição, tato, paladar e olfato.
Rejeita assim a teoria racionalista de que há congenitamente um conhecimento estruturado em nossa mente, como vocês viram no racionalismo cartesiano. É John Locke que vai se contrapor ao pensamento de Descartes. Para ele não existe conhecimento inato. Quando nascemos, nossa mente é como se fosse um papel em branco sem nada registrado. Assim, na medida em que vamos adquirindo experiência, e os sentidos são os meios que as proporcionam, é que vamos registrando em nossa mente vazia as impressões que os objetos nela imprimem.
Todas as idéias derivam da sensação ou reflexão.
Suponhamos, pois, que a mente é, como dissemos, um papel branco, desprovida de todos os caracteres, sem quaisquer idéias; como ela será suprida? De onde lhe provém este vasto estoque, que a ativa e que a ilimitada fantasia do homem pintou nela com uma variedade quase infinita? De onde apreende todos os materiais da razão e do conhecimento? A isso respondo, numa palavra, da experiência. Todo o nosso conhecimento está nela fundado, e dela deriva fundamentalmente o próprio conhecimento. Empregada tanto nos objetos sensíveis externos como nas operações internas de nossas mentes, que são por nós mesmos percebidas e refletidas, nossa observação supre nossos entendimentos com todos os matérias do pensamento. Dessas duas fontes de conhecimento jorram todas as nossas idéias, ou as que
possivelmente