filosofia
UNIDADE 2 – CAPÍTULO 1
ANÁLISE E COMPREENSÃO DO AGIR: A REDE CONCETUAL DA AÇÃO
1. Uma ação é um acontecimento. Porquê?
R.: Uma ação é e tem de ser um acontecimento porque é algo que que acontece num dado momento e num certo lugar. Assim, ir à praia é uma ação e ao mesmo tempo um acontecimento porque vamos à uma praia num determinado local – Algarve – e em dado momento – normalmente no verão, de manhã ou de tarde.
2. Todos os acontecimentos são ações?
R.: Não. Um furacão é um acontecimento, mas não é uma ação.
3. O que se infere do que foi dito antes?
R.: Infere-se que todas as ações são acontecimentos e nem todos os acontecimentos são ações. Um furacão é simplesmente algo que acontece.
4. Qual a condição necessária para que um acontecimento seja uma ação?
R.: Um acontecimento, para ser uma ação, tem de ser realizado por um agente.
5. Esta condição indispensável não é contudo suficiente. Porquê?
R.: Toda e qualquer ação envolve um agente e tem nele a sua origem. Esta é uma condição necessária para haver ação. Mas não é uma condição suficiente. Imaginemos que alguém rouba um relógio valioso numa ourivesaria. Essa pessoa fez algo, fez com que algo acontecesse. Mais tarde até pode arrepender-se do que fez, mas na altura não resistiu a uma compulsão patológica para o roubo a que se dá o nome de cleptomania. Fez algo: roubou. É a causa do que aconteceu. Mas não se trata de uma ação porque o que o agente fez não derivou da sua vontade, mas de uma força interna que o compeliu a fazer o que fez.
Para aquilo que um agente faz seja uma ação tem de ter origem na sua vontade e intenção consciente.
6. O que é então uma ação?
R.: Uma ação é algo que acontece mediante a intervenção da vontade e intenção consciente de um agente. Uma ação é um acontecimento desencadeado pela vontade e intenção de um agente. Não é um simples acontecimento, não é simplesmente algo que um agente faz, é algo que um agente faz acontecer intencional ou