filosofia
A distorção da imagem corporal geralmente está presente nos transtornos alimentares e representa um aspecto de difícil abordagem no tratamento. Além disso, é um fator determinante no inicio, na manutenção, e nas possíveis recaídas posteriores.
A obsessão pela magreza e/ou perfeccionismo ligado a auto-imagem, surge da necessidade de estabelecer um controle absoluto sobre si mesmo.
A necessidade de emagrecer ou conseguir um “corpo perfeito“ impede que se tenha uma consciência de si mesmo, o que leva a uma batalha interna que causa angústia e sofrimento. A distorção da imagem impede uma percepção real de si. A pretensão por uma imagem corporal perfeita e inalcançável (porque é sustentada por idéias irracionais e percepções irreais), produz graves distorções perceptivas o que leva a uma permanente insatisfação que vai determinar alguns dos vários comportamentos de distúrbio alimentar.
“A imagem corporal é a representação interna da aparência externa” (Thompson)
DISTORÇÃO DA IMAGEM CORPORAL
“Um olhar de dentro, que contrasta com um olhar de fora” (Cash, Deagle)
Paul Valery, nas suas “Reflexões Simples Sobre o Corpo”, considera que nós temos três modos de percepção e uso do corpo:
•O corpo que se manifesta na relação imediata com o Eu, ou seja, o corpo que tenho, ou o meu corpo.
•O corpo que se evidencia aos outros na aparência, isto é o corpo da minha fachada pública, que assume a função social.
•O corpo anátomo-fisiológico do saber médico, o corpo que eu só conheço porque foi objeto de estudo.
A distorção da imagem corporal engloba os seguintes aspectos:
•Cognitivos: expectativa irreal de possuir um “modelo” corporal específico
•Comportamentais: evitam situações nas quais o corpo possa estar em evidencia
•Perceptuais: super estima do tamanho do corpo
A distorção da imagem