DAS DAMAS DE CARIDADE A MARY RICHMOND E A INFÂNCIA DO SERVIÇO SOCIAL Desde que existem pobres, há gente que se preocupa com eles. Mas a partir do surgimento da sociedade capitalista tornou-se uma necessidade de defesa da burguesia recém-chegada ao poder. O estado e a igreja vão dividir tarefas: o primeiro impõe a paz política e as igrejas ficam com o espaço social: trata-se de fazer caridades. A necessidade de todos praticarem o bem. Toda a assistência social nesta época é feita de forma não sistemática, baseavam-se apenas em vagas justificativas religiosas e ideológicas. Na segunda metade do século XIX, Chalmers na Inglaterra, Ozanam na França e Von der Heydt na Alemanha, praticam uma caridade de caráter assistencial que se constitui como um esboço de técnica e de forma organizada. Dividiram as paróquias em grupos, com um responsável em cada setor para distribuir ajuda material e fazer trabalho educativo (dando conselhos). Em 1833 as conferências São Vicente de Paulo foram um grande passo para o que era feito apenas nas paróquias passasse a ser feito por toda cidade. Até então a assistência social é exercida, em caráter não profissional, como contribuição voluntária. As damas de caridades procuravam em primeiro lugar conhecer as verdadeiras necessidades de cada um, para prevenir os problemas derivados da pobreza. Um marco importante para a organização da Assistência social é a fundação em 1869 da Sociedade de Organização da Caridade em Londres, que se baseia em alguns pontos que fundamentam a prática de toda a assistência social a partir de então. A novidade principal destas instituições era colocar, como principio a necessidade de criar instituição que se encarregassem de formar pessoas especialmente para realizar as tarefas de assistência social e colocar em pauta a institucionalização do Serviço Social. O que se fazia por fazer ou por obrigação religiosa passa a se