Filosofia
Falar da prostituição sem associá-la à exclusão social e violência é um fenômeno praticamente impossível de ser concebido dentro da articulação do cotidiano social. Visto que por se tratar da profissão mais antiga do mundo, ainda encontra-se dentro desse meio desabafos impressionantes de agressões, humilhações e preconceitos sofridos por pessoas que se prestam à esta profissão. Deste modo temos a complexidade da rotulação à que estas mesmas pessoas estão sujeitas, não apenas a rotulação difundida na sociedade, mas também a rotulação mediática familiar e auto-julgamento. Entre inúmeras pesquisas têm-se várias especulações do por que da "escolha" desta profissão, entende-se esse verbo descrito entre aspas, pois este tipo de opção, escolha nem sempre é voluntária, sendo assim em sua maioria impulsionada pela necessidade de uma qualidade de vida melhor, pois como bem sabemos o que rege a humanidade hoje é o consumo capitalista, o dinheiro.
Antigamente limitava-se a prostituição apenas mulheres, atualmente essa discussão tomou uma proporção espantosa por vir à tona a exploração do corpo exercida por homens, adolescentes, e o mais impressionante o número de crianças que circundam esta profissão.
Neste artigo procuraremos discutir a vitimação e banalização da prostituição suas causas e conseqüências, assim como o porquê de ser ainda um assunto tão polêmico em pleno século XXI. Desenvolvimento
A história da prostituição perdeu-se na poeira do tempo, porque é tão antiga quanto a história da humanidade, onde nenhuma civilização escapou à sua convivência e nenhum berço foi respeitado. Para a CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL/CNBB (1976), a prostituição vem sendo praticada desde a mais remota antigüidade; na idade média, ela foi oficializada como profissão pelas autoridades, constituindo, assim, uma fonte de renda para o Estado. Durante a Revolução Industrial, a prostituição aumentou em toda a Europa devido ao êxodo rural, às