FIlosofia
O jovem, hoje, é o segmento mais displicentemente olhado pela sociedade,uma vez que não existe política pública efetiva capaz de engajá-lo na sociedade.
Ainda que o esperado crescimento econômico possa ajudar a reduzir os índices de desemprego no País, é difícil acreditar que algum dia voltaremos a ter algo parecido com o pleno emprego. E se voltarmos, seguramente não será com base no modelo das grandes corporações.
Ora, se o emprego da forma que conhecemos hoje tende a ser cada vez mais escasso, por que continuamos exclusivamente a formar jovens para serem empregados? Por que não formamos também nossos jovens para serem empregadores? Ou, melhor, empreendedores?
A maioria de nós foi criada para ser bons funcionários de uma grande organização. Dificilmente passaria na cabeça de quem sempre pensou em ter um excelente e estável cargo numa empresa a idéia de abrir um incerto pequeno negócio. Acontece que esse mundo mudou profundamente e não podemos impor aos jovens nossos desejos, anseios e medos. Se fizermos isso estaremos condenando-os à infelicidade e, boa parte deles, talvez a maioria, ao desemprego.
Precisamos também formar nossos jovens para o empreendedorismo. Para o trabalho autônomo, para o associativismo, para o cooperativismo, que surgem como novas possibilidades de geração de trabalho e renda. Essas palavras apavoram a maioria das pessoas com mais de quarenta anos, mas o novo mundo se constrói olhando para frente e não lutando para tentar segurar um passado que definha.
Isso não significa que apenas o empreendedorismo vai resolver toda a demanda por trabalho e renda. É evidente que a relação de emprego continuará a existir. Entretanto, ela não será mais exclusiva nem tampouco a grande geradora de postos de trabalho. Hoje, menos da metade dos empregados possuem relações formais de trabalho. Esse número fica cada vez mais reduzido. É mais uma vez a realidade indicando o caminho.
É preciso que a idéia das