A filosofia começa como espanto diante da possibilidade de estranhar o mundo e entendê-lo de forma radical; começa como uma reivindicação de liberdade que se dá por várias capacidades dotadas pelo homem, e entre elas, está a razão que é considerada pelo filósofo, a capacidade mais importante do ser humano. E se há liberdade, deve haver uma motivação e um quadro valorativo que oriente o uso dela e desde o inicio, o valor fundamental que dá sentido à indagação é a verdade. A filosofia é uma busca da verdade, uma busca de sentido. O filósofo aprofunda ao máximo o seu questionamento conseguindo então ir muito além dos limites da ciência que é limitada pelo observável. O filosofo pode ir mais longe, acabando por se expor mais ao erro, mas abrindo muitas vezes vias que mais tarde a ciência irá explorar com sucesso. A filosofia vai até a raiz dos problemas e isso faz dela uma ciência radical. O filósofo vê o mundo à sua maneira e questiona a partir de suas inquietações, fazendo com que o pensamento filosófico seja totalmente pessoal. Ele se envolve completamente em seu questionamento para tentar compreender e livrar-se de tais inquietações a fim de fazer uso pleno de sua liberdade, seguindo um caminho de independência frente aos poderes que limitam a relação dos homens com o mundo, demonstrando aí, autonomia filosófica. A filosofia é também universal, pois visa compreender ou determinar o princípio ou princípios de todo o real. Mesmo quando um filósofo incide sua reflexão sobre um aspecto particular, o que em última instância procura entender é a totalidade e não simples casos particulares. Como a principal essência da filosofia é o questionamento, é saber buscar a verdade, se torna peça fundamental e de grande importância para o serviço social, uma vez que o assistente social não vai intervir na realidade se não conhecer a causa. Segundo Baptista, é importante entender que o saber que deriva da prática profissional não se coloca imediatamente de modo pronto e