Filosofia Resenha do filme A Guerra do Fogo
O filme do diretor Jean Jacques Annaud (O nome da Rosa e Sete anos no Tibete), baseado no livro homônimo de J.-H. Rosny aîné, trata sobre a luta pela sobrevivência de um grupo de seres humanos em período pré-histórico, onde no recorrer dos acontecimentos, mostram a capacidade inerente do ser humano de estar sempre evoluindo.
No início, o fogo é mostrado como algo místico, quase que sagrado para a tribo de humanos que age de forma extremamente primitiva, apesar de organizada em grupo. Após um conflito com um grupo mais violento, onde o fogo cultuado pelos humanos é perdido, o grupo se vê na necessidade de buscar tal elemento que tanto os servia. Após tais eventos, é apresentado outro grupo, mais evoluído, que domina uma linguagem e cultura, mostrando que estão anos na frente do primeiro grupo. O segundo grupo de humanos já domina diversas técnicas, e está ali disputando o domínio do fogo na região.
Quando os três membros escolhidos para buscar o fogo resgatam uma mulher que pertence ao grupo mais desenvolvido, absorvem sua cultura e aprendem uma nova forma de se comunicar, de se comportar e inclusive a técnica de gerar fogo.
De fato, o filme mostra a jornada de humanos primitivos rumo a um futuro onde deixam de lado esse lado primitivo, dando ênfase nos costumes animalescos do homem e como isso é abandonado para tornar-se mais racional, de pinturas à sexualidade.
Na parte técnica, foi necessária uma linguagem especial criada por Anthony Burgess (escritor de Laranja Mecânica) e Desmond Morris (O Macaco Nu) para a gravação. Rendeu cerca de dez premiações, incluindo um Oscar.
Aspectos Técnicos: A Guerra do Fogo
Titulo original: La Guerre du Feu
Ano: 1981
Países: França e Canadá.
Direção: Jean Jacques Annaud.
Com: Everett McGill, Era Dawn Chong, Ron Perlman, Nammeer El Kadi.
Baseado no livro de J.H. Rosny.