Filosofia conteporânea do seculo XX
Marx tentou ainda aplicar um método empírico ao estudo da história. De modo que Nietzsche foi a única voz discordante, no continente europeu, das extrapolações científicas, além das questões em que estas nada tinham a acrescentar de relevante: a fundamentação da verdade com base em uma fé na razão injustificada. Émile Durkheim (1858-1917) colocou explicitamente essa confissão de fé no prefácio à primeira edição de As Regras do Método Sociológico (1895).
Se eles [os fatos] são inteligíveis, tanto bastam à ciência como à prática: à ciência, pois não há motivo para procurar fora deles [os fatos] as suas razões de ser; à prática, pois o seu valor utilitário é uma destas razões. Parece-nos portanto que, sobretudo neste tempo de misticismo renascente, um tal empreendimento pode e deve ser acolhido sem inquietação e até com simpatia por todos aqueles que, mesmo divergindo de nós em alguns pontos, partilham de nossa fé no futuro da razão (DURKHEIM, É. As Regras do Método Sociológico, prefácio à primeira edição, p. 13.
No início do século XIX, o matemático francês Barão Pierre Simon de Laplace(1749-1827) - defensor de um determinismo estrito - já havia dito a Napoleão que não precisava incluir Deus como hipótese a ser considerada em suas