Filosofando (aranha)
1. O que significa dizer que a não-indiferença é a essência do "valor"?
É nesse sentido que Garcia Morente diz: "Os valores não são, mas valem. Uma coisa é valor e outra coisa é ser. Quando dizemos de algo que vale, não dizemos nada do seu ser, mas dizemos que não é indiferente. A não-indiferença constitui esta variedade ontológica que contrapõe o valor ao ser. A não-indiferença é a essência do valer".
2 Explique esta afirmação: O homem, diferentemente do animal é capaz de produzir interdições.
Interessante é observar que as interdições se materializam em práticas e sentidos que não são um "continuum" em uma suposta linearidade histórica: variam de sociedade para sociedade e de tempos em tempos. Por exemplo, a loucura e o "sujeito louco" são um objeto relativamente recente de interdição e apropriação pelos saberes jurídicos e médico-psiquiátricos: nem sempre a loucura foi tratada como "problema mental" ou risco à "ordem pública".
3. Em que consiste o caráter histórico - social da moral? E o caráter pessoal?
Social da moral: é conjunto de regras que determinam o comportamento dos indivíduos em um grupo social.
É de tal importância a existência do mundo moral que se torna impossível imaginar um povo sem qualquer conjunto de regras. Uma das características fundamentais do homem é ser capaz de produzir proibições.
Caráter pessoal: não se reduz à herança dos valores recebidos pela tradição. À medida que a criança se aproxima da adolescência, aprimorando o pensamento abstrato e a reflexão crítica, ela tende a colocar em questão os valores herdados. Algo semelhante acontece nas sociedades primitivas, quando os grupos tribais abandonam a abrangência da consciência mítica e desenvolvem o questionamento racional.
4. O que determina que um ato seja considerado moral ou imoral?
Trata-se do conjunto de exigências e das prescrições que reconhecemos como válidas para orientar a nossa escolha: é a consciência que discerne o