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A ebulição política e social após a Segunda Guerra Mundial se estabeleceu também nas regiões em processo de descolonização, pois o fim da guerra fria demarcava, na pratica, ó fim dos impérios coloniais. A partir de 1945, o ideal de independência dos povos colonizados transformou-se num fenômeno de massas, com o surgimento de vários países politicamente livres, que, no entanto mergulhou na dependência econômica, determinando o subdesenvolvimento, o terceiro-mundismo.
Entre 1950 e 196, mais de quarenta países afro-asiáticos conseguiram sua independência, impulsionados pelo nacionalismo, pelo declínio do poderio europeu após a guerra e pelo apoio da Organização das Nações Unidas, que reconhecia seus direitos. Além disso, havia a posição favorável dos Estados Unidos e da União Soviética, que viam em tal processo uma forma de ampliar suas áreas de influência.
No processo de descolonização firmaram-se duas opções: a libertação por meio da guerra, em geral, com a adoção do socialismo, ou independência gradual concebida pela metrópole, que passaria o poder político à elite local; esta articulada com o mundo capitalista manteria a dependência econômica num regime neocolonialista.
Em 1955, a Conferência de Bandung, na Indonésia, debateu os problemas do Terceiro Mundo e a questão do não alinhamento, reunindo vinte e nove nações afro-asiáticas, que declararam apoiar o anticolonialismo e combater o racismo e o imperialismo.
Bandung substituiu o conflito Leste-Oeste entre capitalismo e socialismo pelo norte-sul entre os países industrializados ricos e os países pobres e exportadores de produtos primários. As nações reunidas definiram publicamente quatro objetivos básicos:
• ativar a cooperação e a boa vontade entre as nações afro-asiáticas e promover seus mútuos interesses;
• estudar os problemas econômicos, sociais e culturais dos países participantes;
• discutir a política de discriminação racial, o colonialismo e outros